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quinta-feira, 29 de março de 2012

Milton Martinez

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Skate Cresce no Brasil

O Skate Cresce no Brasil

Somos quase 4 milhões de skatistas espalhados em todo território nacional, de acordo com dados divulgados em março de 2010 pelo Instituto Datafolha. Os 20% de aumento com relação ao último levantamento (2006), além de outros números altamente positivos, comprovam a força do Skate dentro da sociedade brasileira e projetam uma curva de crescimento para os próximos anos
Da Redação
Como já havia ocorrido em 2002 e 2006, a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) apurou, através de uma pesquisa encomendada ao Datafolha, informações à respeito da presença de skatistas na população brasileira, bem como o perfil do praticante. Fundado em 1983, o Datafolha é um dos institutos de pesquisa mais confiáveis de todo o Brasil, com trabalhos reconhecidos nos campos da política e no segmento empresarial, entre outros.

O que sentimos em cada sessão de skate e presenciamos nas viagens realizadas pelo Brasil foi novamente comprovado através de números: a quantidade de praticantes não pára de crescer. Temos hoje cerca de 3.800.000 (três milhões e oitocentos mil) skatistas no país. Comparativamente, um número equivalente à população total do vizinho Uruguai, ou das distantes República da Irlanda ou Nova Zelândia. O crescimento no número de praticantes, com relação à última pesquisa, realizada em 2006, chega à quase 20%. Cabe lembrar que na primeira comparação, entre 2002 e 2006, verificou-se um crescimento de 11%. Estamos falando, portanto, de um crescimento da ordem de 150.000 skatistas por ano, ou mais de 12.000 novos praticantes por mês.

Além do crescimento linear, outro fato a ser destacado é a presença cada vez mais relevante de skatistas em todas as classes sociais. O crescimento acentuado na classe C (9%) e a manutenção do número entre as classes A e B (42%, somadas) é prova flagrante da aproximação do universo do skate com as características sócio-econômicas da sociedade brasileira (veja gráfico 1). O skate posiciona-se democraticamente distribuído entre as camadas, ficando cada vez mais incorreto relacioná-lo com a elite ou com classes menos favorecidas.

No que tange à idade, verifica-se crescimento no número de praticantes na faixa entre os 16 e os 21 anos, o que comprova que os níveis de skatistas que começam a andar na infância e prosseguem com a atividade na adolescência e vida adulta vêm aumentando. O índice continua crescendo mesmo entre aqueles com mais de 21 anos (veja gráfico 2). A média de idade passou de 14 para 16 anos. As meninas representam cerca de 10% deste total (380.000 garotas), algo semelhante à população de Florianópolis (SC).

Algumas outras informações contidas na pesquisa se mostram interessantes: em metade dos lares em que se constata a presença de skatistas, o chefe da família possui ensino médio ou superior. Este número, no panorama geral da população brasileira, é inferior: 36%. Como consequência da maior escolaridade, a renda média mensal da família do skatista é 50% maior do que a média brasileira. A predominância urbana do skate não se confirma de foram tão destacada: 52% estão nas capitais e regiões metropolitanas, o que demonstra um certo equilíbrio e revela disseminação também para fora dos grandes centros.

Mais praticado, mais difundido e mais democrático, o Skate vai se solidificando e aumentando sua presença no cotidiano do brasileiro. A atual realidade econômica do país, com crescimento do poder de compra da população aliado ao aumento do número de praticantes, pavimenta com granilite – de primeira qualidade - o caminho do futuro do Skate nacional. Com empresários e skatistas unindo suas forças e respeitando suas diferenças, só há um rumo a seguir: o da prosperidade.

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Entrevista: Marcelo Santos (CBSk)
Por Douglas Prieto

O cenário de crescimento apontado pela pesquisa Datafolha demonstra que o aumento de 20% do número de praticantes faz o Skate presente e relevante em todas as classes sociais e econômicas do país. Para falar sobre a importância desse novo momento, conversamos com o presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), Marcelo Santos.
Por que a CBSk encomendou a pesquisa?

Para avaliarmos se o número de praticantes vem crescendo ou não. Quando o resultado é de crescimento, aumenta o interesse e o dever do poder público em investir em políticas públicas para o Skate, assim como o interesse de empresas em investir no Skate, sejam do segmento ou não.

O crescimento do número de praticantes (20%) em relação a úl
tima pesquisa surpreendeu a CBSk?

Não muito, pois já imaginávamos que haveria crescimento, mas pensávamos em algo próximo de 10%.
Você considera que as empresas e os skatistas estão colhendo os frutos deste crescimento?

Em alguns casos sim, mas depende do trabalho de cada um. Só o fato de haver crescimento no número de praticantes não garante crescimento das empresas ou a valorização dos skatistas.

Com quase 4 milhões de praticantes, estamos suficientemente representados perante o poder público?

Acho que ainda não. É necessário que cada vez mais, de preferência os próprios skatistas e pessoas do mercado, se interessarem por trabalhar mais pelas conquistas "públicas". Muitas coisas podem contribuir para o desenvolvimento do Skate, como construção de boas pistas, fomento de escolinhas, projetos sociais, competições, etc, e podem acontecer via poder público. Mas a resposta da classe política às demandas da sociedade se dá diretamente e proporcionalmente à pressão que determinadas classes fazem sobre eles, assim sendo, se a classe “skatística” não pressionar o poder público por estas conquistas, elas acontecerão de maneira bem mais lenta. O Skate precisa se organizar mais através de associações, ONGs, federações e etc. É através destas entidades que vai conseguir se aproximar, exigir atenção e realizações por parte da classe política.

Você acredita numa mudança de cenário, com mais skatistas e espaços para a prática surgindo fora dos grandes centros?

O crescimento do Skate vem se dando em todo território nacional. Prova disto são as inúmeras pistas que estão sendo construídas nas regiões distantes dos grandes centros do país.

No que os números dessa pesquisa contribuem no trabalho da Confederação?
Aumenta em muito a força de argumentação da Confederação quando estamos defendendo algum projeto de melhoria para o Skate. Seja perante o poder público ou de empresas patrocinadoras em potencial.

A realização de grandes eventos (Copa 2014 / Olimpíadas 2016) pode afetar o skate de alguma forma? Positiva ou negativamente?

Acho que em alguns momentos e casos afetará positivamente, na medida em que a cultura da valorização do esporte irá aumentar em nosso país. Imagina-se que todas as modalidades esportivas serão beneficiadas, mas por outro lado, prevê-se um maior investimento em esportes olímpicos em detrimento aos esportes não-olímpicos, como é o caso do Skate. Isto até já pôde ser sentido a partir do ano passado, com o aumento significativo de bolsas-atleta cedidas a praticantes de esportes olímpicos e, em contrapartida, a diminuição de bolsas-atleta para o Skate e para outros esportes não-olímpicos.

O Skate tem grande penetração na faixa etária relacionada com o ensino fundamental. Como o Skate pode contribuir na formação dos novos cidadãos?

O Skate é uma poderosa ferramenta de socialização e inclusão social. A medida em que o Skate cresce e aumenta sua penetração em diferentes setores da sociedade, como clubes sociais, escolas, etc, mais ele pode influenciar de maneira positiva na formação de novos cidadãos.

=Revista CemporcnetoSkate

terça-feira, 13 de março de 2012