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terça-feira, 30 de março de 2010

Diego Fiorese e Vitor Martins vencem o Best Trick Universitário

Num clima de pura descontração e amizade a pista do Carandiru foi o palco, no último sábado (27), do Best Trick Universitário. A disputa envolveu os 20 melhores colocados do Circuito Universitário de Skate do ano passado e serviu de lançamento para o Circuito Universitário de Skate 2010.

Ao final de três baterias de excelente nível, cada um dos atletas participantes votou naquela que considerou a melhor manobra, valendo um ponto. Os juízes Marcello Gouvêa e Danilo Diehl também escolheram suas manobras favoritas, valendo cinco pontos. A soma dos votos decidiria o campeão, lembrando que valia usar apenas o caixote do spine central.

Após apuração dos votos, foi registrado um empate: Na última manobra da 1º bateria, Vitor Martins (Funcesi), varou o spine de flip, descendo a borda de bs fifty, para delírio da torcida e Diego Fiorese (Esefj), abusando da velocidade também varou o spine descendo a borda num fs noseblunt limpo. Outra manobra lembrada pelos atletas foi um nollie flip bs grind, que deu a Marcos Camazano (Anhembi Morumbi) a terceira colocação.

Com o empate, a organização iria realizar um round extra de 5 minutos, para decidir o campeão. Entretanto, os dois vencedores fizeram um acordo e decidiram terminar empatado, dividindo o prêmio. “O skate é um esporte muito difícil de ser julgado, a minha manobra foi boa, assim como a do Vitor e de todos os outros skatistas. O skate é isso, paz, união e diversão pra todo mundo”, afirmou o campeão Diego Fioresi, ao levantar o cheque.

“Pra mim é um orgulho participar de um evento junto com profissionais consagrados como o Fiorese, Beto, entre outros. Não vou esquecer esse dia e na primeira etapa eu to de volta”, coloca o outro vencedor Vitor Martins, que mora em Itabira (MG) e enfrentou mais de 8 horas de viagem para participar do Best Trick. Para o organizador do evento Thiago Lobo, o Universitário de Skate já pode ser considerado um sucesso antes mesmo das etapas “O Universitário serve para mostrar uma outra face do skate, não só da competição, mas dos atletas que correm atrás de outros objetivos. A 1º etapa será no dia 24 de abril, no Parque Zilda Natel (Pista do Sumaré) e esperamos fazer uma grande temporada em 2010”.

O Besti Trick Universitário é uma realização da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo e conta com patrocínio da Dark Dog. Apoio DC Shoes, Adventure Camp e Sabesp, divulgação UOL, ESPN, Skate Paradise


CemporcentoSKATE.

sexta-feira, 26 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Best Trick Universitário





Evento diferenciado desde sua concepção, o Circuito Universitário de Skate nasceu em 2009, cercado de dúvidas quanto ao seu sucesso. Bastou apenas uma temporada para se ter a certeza de que o evento veio para ficar, contando com o apoio não só de atletas, mas também de universidades e atléticas, tratando o skate com o mesmo grau de importância dado aos demais esportes.

Nesse novo contexto, no dia 27 de Março (Sábado) será lançado o Circuito Universitário de Skate 2010, com um Best Trick para vinte convidados na pista do Parque da Juventude, antigo Carandiru, a partir das 14h. A competição será um aquecimento para a primeira etapa do evento, que está previsto para Abril no Parque Zilda Natel (Pista do Sumaré).

Os vinte atletas foram escolhidos de acordo com o ranking do Circuito Universitário de Skate 2009, sendo convocando dez profissionais, cinco amadores, três estreantes e duas garotas. O autor da melhor manobra ganhará um cheque de R$ 600,00.

O Best Trick Universitário será uma das atrações da Gincana Universitária, projeto da Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo que vai atrair diversas atividades no Parque da Juventude. Além do Best Trick, serão realizadas clínicas de skate aberta ao público, com a presença de atletas profissionais.

O Best Trick Universitário é uma realização da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo e conta com patrocínio da Dark Dog. Apoio DC Shoes, Adventure Camp e Sabesp, divulgação UOL, ESPN, Skate Paradise e CemporcentoSKATE.

sábado, 20 de março de 2010

Radical

Quem tem o melhor preparo físico: piloto, skatista, corredor ou atleta do basquete?


Um piloto sem macacão, capacete e carro. Um jogador de basquete sem bola ou cesta. Um skatista sem skate e equipamentos de proteção. E para terminar, um corredor de 110m com barreira, sem as barreiras. Se tudo isso já parece muito estranho, fica ainda pior quando localizamos esse encontro: o Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Antonio Pizzonia, Matheus Inocêncio, Olivinha e Sandro Dias toparam fazer uma “disputa” pelo melhor preparo físico do esporte.

A chegada ao hospital não era das piores: uma mesa farta com frutas, bebidas e sanduíches. Mas uma placa “decretava” os donos daquelas guloseimas: lanche dos atletas. No cardápio suco de laranja, água de coco, iogurte de morango e vitaminas de frutas para beber; pão integral com requeijão, chester e queijo branco, barra de cereais e abacaxi picado para acabar com a fome dos esportistas.

Na mesa ao lado, uma nova refeição. Outra placa também denunciava os “culpados” pela opção mais calórica: lanche da equipe de apoio. Suco de laranja, mini pães de queijo e dezenas de pães de mel com morango estavam neste cardápio.
Além desse desafio, os atletas ainda tiveram que enfrentar muitos outros. Entrevistas com nutricionista, cardiologista e ortopedista. Raio-X do tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma constavam na lista menos saborosa. Tudo isso para comprovar o dono do melhor preparo físico nas quatro modalidades.

Opções de tamanho também não faltavam: Olivinha, ala/pivô do Pinheiros, o mais alto com 2,02m. Matheus Inocêncio, atleta dos 110m com barreira não estava muito atrás: 1,92m. Antonio Pizzonia ostentava seu 1,74m. O mais baixo de todos, Sandro Dias, o Mineirinho, com seus “humildes” 1,67m.

Depois de todos os exames prévios chegou a vez do teste ergoespirométrico. O nome estranho não diz muita coisa, mas é nele onde os atletas medem sua capacidade cardíaca e pulmonar. Ali seria apontado o dono do preparo físico mais invejado.

Matheus Inocêncio foi o primeiro a se aventurar. Presente nos Jogos Olímpicos de Inverno em 2002, na disputa do bobsled, e nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, o corredor sofreu com o teste.

- Senti uma cãibra quando faltavam três minutos para o final do teste. Treinei forte hoje de manhã e acabei decidindo por não forçar para não estourar o músculo – disse desanimado e fora da disputa pelo preparo invejado.

Carlos Alexandre Nascimento, mais conhecido como Olivinha, foi o segundo a entrar na sala de exames. O ala/pivô da equipe do Pinheiros no Novo Basquete Brasil (NBB) fez questão de correr com a camisa do seu clube. Depois de dez minutos na esteira, o atleta saiu da sala.

- Vocês querem me matar! Isso aqui eu não desejo para ninguém. A gente treina bastante, mas não chega nesse ritmo da esteira – gritou ainda esbaforido.

Acostumado com alta velocidade e muita adrenalina, Antonio Pizzonia foi o terceiro a enfrentar a temida esteira. O piloto da equipe Hot Car na temporada 2010 da Stock Car mostrou um fôlego elogiado pelo cardiologista que acompanhava o teste.

- Todos foram aprovados nos exames iniciais, mas o Pizzonia nos surpreendeu com um coração de atletas – afirmou o doutor Daniel Santos.
Mesmo ocupado com os preparativos para o início da Stock, o ex-piloto de Fórmula 1 participa de maratonas e não se descuida do preparo físico.

- O automobilismo envolve esforço físico, altas temperaturas e muita adrenalina. Então, para aguentar toda essa pressão física e psicológica, o piloto precisa muito ter um preparo de atleta – explicou.

O responsável por fechar os testes e decretar o dono do melhor físico nas quatro modalidades foi Sandro Dias. O pentacampeão mundial de Skate Vertical era o único que não calçava tênis próprios para a corrida. Mineirinho preferiu adotar o discurso humilde antes de enfrentar os médicos.

- Sou o que tem menos preparo físico daqui. Eu não faço condicionamento físico, só ando de skate – disse desacreditado.

Para conferir o desempenho de todos os atletas e saber quem ficou com o título pelo melhor condicionamento físico, é só conferir a reportagem completa, domingo, no “Esporte Espetacular”. Escolha seu favorito, torça por ele e se prepare para a surpresa nos testes.

terça-feira, 16 de março de 2010

Luan fica em 7º lugar no Tampa Pro

Após uma das mais competitivas eliminatórias dos últimos anos no Tampa Pro, que foi realizado entre os dias 12 e 14 de março, dois jovens talentos se destacaram. O norte americando Torey Pudwill e o brasileiro Luan de Oliveira se classificaram em primeiro e segundo lugar respectivamente, garantindo duas preciosas vagas direto na final.

Os 10 melhores da semifinal se juntaram aos dois para realizar a grande final, vencida por Paul Rodriguez, que conquistou pela primeira vez o título de campeão do Tampa Pro. Nyjah Houston foi o segundo colocado e Keegan Sauder o terceiro. O brasileiro Luan de Oliveira finalizou sua primeira competição como profissinoal na sétima colocação, se destacando entre as grandes estrelas do skate mundial.

Além de Luan, outros brasileiros estiveram em Tampa neste final de semana, como Fabrizio Santos (13º), Rodil Ferrugem (16º), Danilo Cerezini (18º), Neverton Socado (29º), Alex Carolino (32º) e Fabio Castilho (56º).

Além do street profissional, rolou a disputa do vertical amador e os brasileiros também brilharam nesta disputa. Ítalo Penarrúbia foi o melhor entre eles, subindo no pódio após a conquista do segundo lugar. Carlos Niggli e Murilo Peres completaram o time verde amarelo na final, terminando na 9º e décima colocação, respectivamente. O campeão foi Ben Hatchell, skatista norteamericano que domina qualquer tipo de terreno, sendo duas vezes vice campeão da disputa de street do Tama AM, ficando duas vezes atrás do “estraga prazeres” Luan de Oliveira. O brasileiro Caio Peres também participou da disputa de vertical e finalizou na 17ª colocação.

Veja abaixo os resultados da final do Tampa Pro 2010:
Final
1º Paul Rodriguez – $20,000
2º Nyjah Huston – $15,000
3º Keegan Sauder – $10,000
4º Peter Ramondetta – $5000
5º Ryan Sheckler – $4000
6º Torey Pudwill – $3000
7º Luan Oliveira – $2000
8º Danny Fuenzalida – $1500
9º Greg Lutzka – $1000
10º Chaz Ortiz – $1000
11º Dennis Busenitz – $1000
12º John Rattray – $1000

Best Trick:
1º Matt Miller – Backside noseblunt slide – $3000
2º Torey Pudwill – Frontside feeble subindo o corrimão e saindo de shovit – $2000
3º Seirra Fellers – Nosemanual nollie flip out – $1000

sábado, 13 de março de 2010

Emerica promove Skateata na avenida Paulista em junho





O Go Skateboarding Day, Dia Internacional do Skate, não é muito festejado no Brasil. Um pouco de descaso de empresários, entidades, e porque não, dos próprios skatistas.
Em vários países vejo ações muito legais, com grandes concentrações de skatistas. Uma das mais tradicionais é o "Wild in the Streets", da Emerica. A marca divide o time e os recruta pra visitarem diferentes lugares do mundo.

Esse ano, com a entrada da marca no Brasil com a distribuidora Lotus, há chances de sermos visitados. Mas uma coisa já é certa, no dia 20 de junho, um domingo, vai rolar o "Wild in the Streets" saindo da Avenida Paulista, percorrendo vários picos épicos do street paulistano e terminando no Vale do Anhangabaú (veja o roteiro aí embaixo). Uma espécie de skateata com manobras valendo prêmios durante o percurso.

Pra Emerica mandar parte do time pra cá, os brasileiros precisam se cadastrar no site e escrever um bom motivo pra sermos visitados. Pra saber as instruções em português, visite o site da distribuidora:

http://www.lotusdist.com.br/

Sidney Arakaki

Reforma da Marquise do Ibira






Já faz alguns anos que circulam os boatos de reforma da marquise do Ibirapuera. Desde que foi inaugurada, há 55 anos, ela nunca passou por reparos.
Mas essa semana o projeto da restauração completa foi aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo.

O custo aproximado da recuperação do piso, impermeabilização e troca das luminárias é de R$ 17 milhões.

A data do início das obras só será anunciada quando a empresa que ganhou a licitação passar por uma apreciação.



O Ibira é um dos principais antros do skate paulistano desde a década de 80.

Invisible Boards by Spike Jonze

Osiris Skate

Belo role

???

Sem palavras!!!

quarta-feira, 10 de março de 2010

A Grazi de Skate


Trata-se de uma produção para a revista Estilo, com a Grazi Massafera, com o título SKATE em letras maiúsculas. Esta foi a foto escolhida para encabeçar o ensaio com a atriz e selecionada para o caderno Ilustrada, da Folha. O skate é do namorado dela, o ator Cauã Reymond, e entrou como um acessório para ilustrar alguns cliques do ensaio. Mesmo para aqueles que não estão nem aí para o universo das celebridades da TV, o fato de um carrinho de passeio estampar um espaço como este, chama atenção para o mundo daqueles que gostam e vivem desse objeto do desejo: o skate.

Zikk Zira no Fantástico

É pro Fantástico?” Essa foi a sugestão de título do Guto Jimenez, um dos vários skatistas e jornalistas do skate que foi abordado com a pergunta sobre se viu o Zikk no tradicional programa de domingo à noite, na rede Globo. Por duas semanas seguidas o skatista integrou a cobertura global do enredo da vida de seu irmão, cantor de karaokê premiado no Japão.

No primeiro domingo, 28 de fevereiro, o Roberto Casanova foi apresentado como um dos finalistas de um grande concurso de música na Terra do Sol Nascente, aonde mora com sua mulher japonesa e seu filho. Neste último domingo, 7 de março, o irmão do Zikk agora apareceu como o grande vencedor deste concurso.



A história dos irmãos é conhecida no meio do skate: Alexandre José da Silva, o Zikk, salvou a vida de seu irmão, há cerca de 10 anos, ao doar um de seus rins para ele. Roberto já cantava na comunidade japonesa, na Liberdade, quando entrou numa crise renal aguda e precisava de um transplante para se manter vivo e cantar no Japão…

O enredo com final feliz foi visto por milhões de brasileiros neste domingo. Quem já se orgulhava de conhecer o skate do profissional paulista, pode bater no peito e dizer que ali tem um cara que é um exemplo de “ser humano”. E, de quebra, ver um brasileiro (e negro) vencer um concurso de música japonesa no próprio Japão!

o professor que estudou a tragetoria social dos skatistas brasileiros!!!

Billy, você é um grande pesquisador do skate. Como é o seu dia a dia e qual é o seu envolvimento com o skate?

Em primeiro lugar é importante lembrar que o Skate como objeto de pesquisas é algo novo, são poucas as pesquisas realizadas no contexto da academia brasileira (universidades, faculdades, institutos de pesquisa).

Imagino que dos trabalhos que têm a ver com skate, apenas 10 % estejam preocupados com o próprio, os demais o tangenciam como uma questão secundária. Então, não há ainda grandes pesquisadores do skate no Brasil.
Entretanto, não podemos deixar de citar que há bons trabalhos, sobretudo, acerca da história do skate, assim como outros com abordagem ancorada nas ciências sociais. A grande contribuição desses trabalhos, em minha opinião, foi de trazer para os debates o skate como estilo de vida, não como uma moda ou um esporte. Eu estou envolvido com o skate e com skatistas há muitos anos, então posso dizer que há algo no skate que tem a ver só com ele, que escapa às tentativas de explicá-lo por caminhos já conhecidos. Eu parei de andar há anos, mas convivo bastante com skatistas, alguns dos meus melhores amigos são gente de skate (skatistas, lojistas, etc).
Hoje estou me preparando para fazer uma proposta de disciplina à minha universidade, para o ensino do skate no curso de Educação Física. Eu sou professor de uma universidade e divido minhas atividades entre lecionar disciplinas no Curso de Educação Física, realizar e orientar pesquisas e fazer atividades de extensão universitária.
Trabalho por um mundo justo e igualitário, num horizonte para além do capitalismo.

Você é formado em educação física e fez um mestrado com o trabalho “Estilo de vida e trajetórias sociais de skatistas: da vizinhança ao corre". Conte um pouco sobre este desafio de fazer o mestrado.

Antes de qualquer coisa, devo fazer referência ao apoio que tive por parte do meu orientador, Prof. Dr. Marco Paulo Stigger (UFRGS), que mesmo sem conhecer muito do assunto, teve a coragem de orientar o trabalho e o fez muito bem. Por outro lado, eu também não sabia muito bem por onde começar. Havia tanto assunto a se tratar que me perdi um pouco no universo do skate durante um tempo. Fiz uma pesquisa histórica sobre o skate no Rio Grande do Sul, que entre outras coisas virou um capítulo do Atlas do Esporte no RS e um capítulo da dissertação. Passei a andar com skatistas vários dias na semana, por várias horas. Era a tal da etnografia.
Essa foi a parte legal, estar com os caras. Realizei dezoito entrevistas com quatorze skatistas do universo dos patrocínios, um empresário e um dirigente. Fiquei mergulhado no universo social do skate mais de dois anos.
Fui a sessions, campeonatos, reuniões, visitas, demos, passear, resolver tretas, entre outras coisas. Daí veio a parte difícil, deixar o campo e escrever. Foi barra ler tudo que aparecia sobre os assuntos que levantara nos diários de campo (registros do tempo que passava com os caras). Mas valeu a pena. Penso em fazer o doutorado nesse esquema, mas com um tempero diferente, que não vou contar para não estragar a surpresa


O que você mais gostou de fazer durante a pesquisa?

Então, o legal foi poder estar com skatistas (amigos, a maioria deles), ouvi-los nas entrevistas e tal. Foi difícil em alguns momentos, às vezes os caras não tinham tempo. Entrevistei o Marcus Cida num restaurante barulhento na Cidade Baixa em Porto Alegre, depois não dava para ouvir direito a gravação. Pega um cara como aquele figura do Gnomo, daí ele não pára mais de falar... foi massa. Entrevistei o César Gordo três vezes, uma delas no aeroporto, ele contribuiu um monte com a pesquisa.

Conversar com caras que estão no skate há um tempão como o Chita, Poupa, Russo. Conversar com quem tá chegando, Luan, Ique e outros, levá-los tão a sério como os outros e ver a cara deles de espantados, pensando mil anos em cada resposta. Foi legal ver que vale a pena levar o skate a sério.


O que você gostaria de destacar sobre este trabalho? Dois elementos se destacaram nesse trabalho.
O primeiro diz respeito à própria trajetória da maioria dos skatistas que estão no mundo dos patrocínios, das peculiaridades que lhe são comuns, de uma série de acontecimentos mais ou menos organizados que compõem a história de suas vidas e que os levaram até ali e dizem de sua condição no mundo.
Então, essa trajetória, que eu descrevo em pormenores no trabalho, considero um achado acadêmico e científico, porque houve momentos em que desconfiei que não conseguiria descobrir o que os diferenciava. O segundo elemento ainda está sendo trabalhado por mim, foi uma herança desse trabalho.
Diz respeito ao skate na gama de práticas corporais existentes, de suas particularidades. Já apontei para isso no final da dissertação, entretanto não pude ainda desenvolver o tema. Como pode um skatista ter patrocínio e mais sucesso que outros sem ter ganho ou ido bem em competições? Esta é a questão que pretendo apresentar em um livro que vários estudiosos estão escrevendo e que deve ser lançado ainda esse ano.


Você estudou as trajetórias sociais dos skatistas profissionais, desde suas atividades iniciais nos ambientes de vizinhança.
Quais os aspectos positivos e negativos podem ter para os novos skatistas que estão se iniciando em ambientes de colégios e clubes?

Não vejo nenhum mal, o skate é totalmente anárquico, mesmo que um menino comece na escola ou no clube, o skate vai ganhar vida debaixo de seus pés e ele vai viver mesmo o skate é na rua. Não existe skate sem rua. É como colocar em dúvida o ensino de futebol

Você poderia destacar as principais características no estilo de vida de um skatista profissional?
Esse é o trecho de uma entrevista que fiz com um skatista de nível internacional: ...eu tenho dito que a vida de um profissional tem um tripé: 1. Participar de competições; (o skatista concorda com a cabeça durante toda minha descrição) 2. Filmar e tirar fotos para revistas e vídeo magazines; 3. Viajar para fazer demonstrações para as marcas que patrocinam o skatista. Esse seria o tripé da vida do skatista? R: Isso.
Mas sempre junto da demo (demonstração) tem a sessão de autógrafos. É um lance meio de praxe. Agora eu tô há um mês e meio, agora, todo fim-de-semana viajando o Brasil inteiro, fazendo demos...

Responde bastante coisa, né? Eu acho que sim, mas que também não. Porque vai bem além disso. Como disse outro skatista, o profissional ou patrocinado vive no play (não no fast forward), pelo skate, na session, no pico com a galera, mas sem perder as oportunidades que aparecem e sem deixar de cavar as oportunidades também. Mas muita atenção: pisou na cabeça de alguém para subir, abra o olho, vai se queimar com a galera, daí já viu.a velha feia ou a virgem linda? Agora imagine que "esportistas" praticantes de um esporte parecido com o basquete eram sacrificados em sua comunidade indígena 500 anos atrás na América Central.
Quem era sacrificado (morto), os vencedores ou os perdedores? Se tivéssemos que imaginar alguém sendo levado à morte hoje, como destino de um jogo, seriam perdedores ou vencedores? Antes de um skatista poder correr um champ numa olimpíada, nossa sociedade ainda vai ter que andar muito... ou o skate perder algumas de suas qualidades mais preciosas... agora, eu acompanhei uma discussão sobre esse assunto num Fórum Social Mundial em Porto Alegre. O antigo presidente da Confederação Brasileira de Skate disse que a Olimpíada teria que se adaptar ao skate e não o contrário... daí já acho que é ingenuidade...


Muitas vezes, uma idéia puxa outra. Você teria sugestões de outras pesquisas sobre o skate que poderiam ser realizadas?

Muitas!!!! Cada skatista que vai estudar (como eu fiz) poderia se perguntar como poderia dar visibilidade ao skate dentro de sua área. Acho que a questão dos materiais tem que evoluir na cena brasileira, temos que ter materiais bons em nossa indústria (isso melhorou bastante desde meus tempos de skatista). Acho também que o ensino do skate tem que se desenvolver, que precisamos discutir assuntos relativos à gênero no ambiente do skate (há muita homofobia ainda e o papel das mulheres tem que ser debatido) e que precisamos de uma forma mais elaborada para combater o aspecto fortemente comercial da prática. Esses são alguns desafios aos skatistas-pesquisadores.




Obrigado cienciadoskate.com.br

Avaliação postural em atletas da modalidade street skate

A modalidade street skate vem crescendo a cada dia, contando com inúmeros atletas, sendo que podemos observar a pratica desse esporte radical nas ruas, praças, condomínios e pistas. Com o objetivo de Identificar o perfil postural dos atletas desta modalidade e suas possíveis alterações músculo-esqueléticas, foi realizada uma avaliação postural e fotometria, em 08 participantes do sexo masculino, com idade entre 18 a 25 anos, com pelos menos um ano de pratica. Os resultados revelam que os atletas possuem, alongamento posterior e comprimento normal dos membros inferiores e suas principais alterações foram: rotação externa excessiva de tornozelo direto, semiflexão de joelhos e inclinação lateral da cabeça à direita.

Mais no cienciadoskate.com.br

sábado, 6 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Olha o Fofão!!!!!

Seis brasileiros vão às semis da etapa carioca do Mundial de Skate Vertical

Muita habilidade com o skate e experiência na hora dos tombos. Essa foi a base das primeiras eliminatórias da etapa carioca do Mundial de Skate Vertical.

O inglês Paul Luc Ronchetti mostrou todos os seus truques e faturou a maior nota da etapa (83,00). Pedro Barros, o Pedrinho, conquistou a melhor nota brasileira. (Clique no vídeo ao lado e confira o desempenho de Pedrinho!)

A etapa foi dividida em três baterias. As duas primeiras contaram com sete skatistas, cada. O terceira, e última delas, teve apenas cinco participantes. Todos os atletas tinham direito a três voltas de trinta segundos cada. Os donos das dez maiores notas estariam garantidos nas semifinais, deste sábado.

Primeira bateria conta com cinco brasileiros e maiores notas da etapa


Muitos brasileiros participaram da primeira bateria da etapa. Lincoln Ueda, Pedro Barros, Marco ‘Jeff’ Fonseca, Sérgio ‘Negão’ Fortunato e Lécio Silva ‘Neguinho’ representavam o país neste momento. O inglês Paul Luc Ronchetti e o americano Elliot Sloan completavam o grupo.

Pedro Barros, o Pedrinho, mostra toda sua habilidade já na primeira volta e conquistou uma nota 82,67. Ele ficou com a melhor colocação geral na primeira volta da primeira bateria. Lincoln e Paul Luc foram outros destaques dessa primeira volta.



Na segunda volta, o inglês Paul Luc Ronchetti mostrou todo seu repertório de manobras e garantiu a maior nota da primeira bateria.

No final dessa primeira bateria, Paul Luc, Pedro Barros, Lincoln Ueda e Lécio ‘Neguinho’ ficaram com as maiores notas e esperavam pelo desempenho dos resto dos atletas.




Na segunda bateria da etapa, mais cinco brasileiros na rampa e dois estrangeiros completando a lista. Otávio Neto, Martín André, Edgar Vovô, Ronaldo ‘Rony’ Gomes e Cristiano Mateus representavam o Brasil. O francês Jean Postex e o australiano Nathan ‘Jimi’ Beck completavam a lista.

Na primeira volta, Rony mostrou muita categoria em cima da ‘prancinha’ e garantiu uma nota 74,67. Jimi também correu atrás e conseguiu uma nota boa (70,33), ficando com a segunda colocação provisória.




Na segunda volta da bateria, os atletas não tiveram boas atuações e a maior nota ficou por conta de Vovô, com um 69,00.

O nível da terceira volta foi bem melhor. Rony tirou um 75,67 e conquistou o primeiro lugar da bateria. Edgar Vovô também mostrou habilidade e ficou com 73,00, na segunda colocação. O francês Nathan Beck ficou com o terceiro lugar da bateria, com um 71,67.




Na terceira e última bateria, o número de participantes era reduzida. Enquanto as duas primeiras contaram com sete skatistas cada, a terceira ttinha apenas cinco atletas. Dois brasileiros, Mizael Simão e Vitor Simão, e três estrangeiros, Neal Hendrix, Josh Stafford e Jussi Korhonen.

Na primeira volta, Mizael Simão mostrou a categoria brasileira e conquistou uma nota 77,67. O finlandês Jussi também teve uma boa atuação e ficou com 75,00.

Na segunda volta, o americano Josh Stafford conquistou um 77,00 e ficou com a segunda colocação geral da terceira bateria.

Jussi conquistou a terceira melhor nota da bateria, seguido pelo americano Neal Hendrix.

Donos das melhores voltas estão garantidos nas semifinais do torneio

Após todas as baterias, os dez atletas com melhores notas foram classificados para as semifinais deste sábado.

Os brasileiros Pedro Barros, Lincoln Ueda, Ronaldo Gomes, Edgar Vovô e Mizael Simão e Vitor Simão se garantiram na competição.

Os americanos Neal Hendrix e Josh Stafford também estão na próxima fase do torneio. O finlandês Jussi Korhonen e o o inglês Paul Luc Ronchetti
completaram a lista.


Esses dez skatistas se juntam a Adam Taylor, Danny Mayer, Pierre Luc Gagnon, Marcelo Bastos e Alex Perelson na disputa, deste sábado, por uma vaga na grande final de domingo, no Esporte Espetacular, da TV Globo, ao vivo a partir das 9h.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Pilates e o skate

Com a alta exigência de força e flexibilidade na execução de manobras cada vez mais técnicas e de impacto, o condicionamento físico passa a ser quase que uma obrigação para o skate moderno.

Existem muitas formas de treinamento e condicionamento físico que podem ser adaptadas para skatistas, hoje falaremos sobre um método bem completo, o Pilates.

O método Pilates foi elaborado no começo do século vinte pelo atleta alemão Joseph H. Pilates como um método de alongamento e exercícios físicos que utilizam o peso do próprio corpo em sua execução.

É uma técnica de reeducação do movimento, composta por exercícios profundamente alicerçados na anatomia humana, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir lesões alem de benefícios como a melhora da concentração, coordenação motora e consciência corporal.

Durante o treino são trabalhados diversos grupos musculares simultaneamente através de movimentos suaves e contínuos, enfatizando a concentração e alinhamento postural.

Com o alinhamento postural, trabalhamos e fortalecemos o nosso “core”, formado pelos músculos abdominais, coluna e região pélvica, o que na hora da realização de manobras faz com que a postura não fique sobrecarregada, e a coluna tenha uma mobilidade maior na execução de manobras como um ollie até manobras mais complexas com giros, devido à estabilização da pelve.

Com o trabalho de tonificação muscular melhoramos a contração isométrica no momento em que se esta executando uma manobra desde o agachamento para bater o ollie e suas variações até o final da manobra quando é preciso reequilibrar o corpo sobre o skate trabalhando assim à musculatura e diminuindo o impacto nas articulações e coluna.

O método não é usado somente para o condicionamento físico podendo também ser utilizado na reabilitação onde serve para o tratamento de diversas patologias, procure sempre um profissional habilitado e capacitado no método Pilates.

Ande de skate, e divirta-se.

Guy Mariano ,Erick Koston, Rick Howard, Micke Carroll, fotografados como "velhos".