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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FireFly Stylish Skateboarding

Volcom Stone-Age Presents: Day in the Dirt

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O brasileiro Douglas Dalua se consagrou campeão mundial de downhill speed. Depois de vencer a última de 11, do circuito mundial da IGSA, Douglas faturou a vitória mundial.

O circuito começou em abril desse ano, e foi até o dia 9 de dezembro com a competição Hot Heels, na África do Sul.

Douglas teve bastante constância durante o circuito, e transitou entre os primeiros lugares do ranking durante todo o campeonato.

Em setembro, DaLua venceu a 6ª etapa do circuito, na França, e garantiu a primeira posição do ranking. O brasileiro caiu para a segunda colocação nos outros meses, mas recuperou o primeiro lugar com a vitória em Hot Heels.

Resultado final da última etapa do campeonato mundial de Skate Downhill da IGSA 2012:


1. Douglas Silva, Brazil

2. Kyle Wester, United States

3. Adam Perrson, Sweden

4. Luke Radek, Czech


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

OLIMPIADAS?




Um espectro ronda o Skate: o espectro das Olimpíadas. A polêmica e ainda hipotética entrada do Skate no rol dos esportes olímpicos é uma questão que já vem sendo levantada desde os Jogos de Atlanta (1996), mas que ganhou uma dimensão maior somente nos anos 2000, quando o COI (Comitê Olímpico Internacional) passou a tratar o assunto com mais ênfase. Mesmo assim, poucos avanços efetivos aconteceram no sentido de viabilizar essa inclusão. Em ano de Olimpíada o tema aparece com mais frequência – tanto na mídia quanto nas rodas de conversas nas sessões - e a controvérsia volta a tona, como foi o caso agora, durante os Jogos Olímpicos Londres 2012.

A comunidade do Skate, em geral, nunca demonstrou muito interesse nos Jogos Olímpicos, e os argumentos contrários são bastante conhecidos no meio: a obrigatoriedade de uniforme, a questão dos patrocínios pessoais, o medo de que pessoas de fora do Skate estejam diretamente envolvidas com a organização da competição, os critérios de julgamento, a dúvida sobre quais modalidades participariam, etc. Acima de todas essas questões, está sempre colocado o fato de que o Skate é muito mais que um esporte: é estilo de vida, com conexões as vezes muito mais próximas com algumas expressões artísticas do que propriamente com uma atividade esportiva tradicional. Porém, toda vez que um skatista pronuncia-se a respeito do Skate nas Olimpíadas, seja uma opinião favorável ou contrária, ele já está participando da discussão. Não adianta varrer a sujeira (sem trocadilhos) pra baixo do tapete: se existe tal possibilidade, ainda que remota, cabe aos próprios skatistas a tarefa de debatê-la. Por isso preparamos essa matéria especial, para informar o leitor e mostrar todos os lados (ou quase todos) dessa polêmica questão olímpica.


ACENDENDO A PIRA (E A POLÊMICA) O Skate construiu sua grandeza através de suas próprias forças. A paixão de cada pessoa que já colocou os pés sobre um skate é o alicerce desse prédio muito bem edificado. Assim, cabe a questão: se o Skate e o skatistas não foram os responsáveis por esse flerte com os Jogos Olímpicos, de onde nasceu essa ideia? Quem responde é o skatista profissional norte-americano Neal Hendrix: “A coisa toda começou através do COI e da NBC, que é a emissora de televisão que transmite os Jogos Olímpicos nos EUA. Ambos perceberam que precisam atrair o interesse da juventude para as Olimpíadas, porque todos os esportes olímpicos estão envelhecidos e ‘cansados’, não interessam a juventude de hoje.” Além desse fator do distanciamento do público jovem, também tem que ser colocada nessa balança a questão de que o Skate possui muito mais popularidade do que diversos esportes olímpicos.


Tendo em vista que uma emissora de televisão é uma das articuladoras dessa tentativa de inclusão, a equação popularidade = audiência (que por sua vez é igual dinheiro) não pode deixar de ser levada em consideração. Antecipando-se aos movimentos do COI, o Skate tratou de se proteger: “Com receio que a administração do Skate mundial caísse nas mãos de quem não fosse do meio, enfim, que não fosse skatista, em 2005 foi fundada a ISF (International Skateboarding Federation) por 32 entidades dos EUA, França, Itália, Alemanha, Inglaterra, Japão, Austrália, África do Sul, Brasil, etc”, explica Ed Scander, vice-presidente da CBSk (Confederação Brasileira de Skate). “Desde então a ISF começou uma conversa com o COI para que o Skate não se tornasse olímpico de qualquer forma, perdendo sua identidade”, diz Ed. A atuação da ISF, portanto, é direcionada no sentido de preservar a essência do Skate se de fato um dia ele entrar nos Jogos Olímpicos.



Garantir sua legitimidade e manutenção das suas características. A CBSk é fundadora e representante da ISF no Brasil. Marcelo Santos, atual presidente da CBSk, é também um dos cinco vice-presidentes da ISF, cujo presidente é o norte americano Gary Ream (proprietário do Camp Woodward).


O posicionamento da CBSk está alinhado com o pensamento, muito difundido no meio do Skate, da centralização das decisões e organização sob a tutela dos próprios skatistas. “Para a CBSk o Skate somente deve ser incluído nas Olimpíadas se o controle das regras, administração, arbitragem e fiscalização estiver a cargo de skatistas”, explica Marcelo Santos. “A confederação não aceita uma entidade internacional que não seja formada e gerida por skatistas para a tarefa de tornar o Skate um esporte olímpico”. Marcelo, que também é representante da ISF na América do Sul, arremata: “Portanto a CBSk apenas apoiaria o Skate nos Jogos Olímpicos se a ISF fosse encarregada desta tarefa”.



TENTATIVA FRUSTRADA Em meados de 2011, o assunto Skate nas Olimpíadas reapareceu no
noticiário. Visando colocar o Skate já nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016, o COI sugeriu que a ISF fizesse uma articulação com uma entidade de ciclismo, a UCI (Union Cycliste Internationale). Já que não havia tempo hábil para o Skate ser aceito como esporte olímpico, a ideia era um “atalho” através dessa união com a UCI. “Mas a ideia não vingou pela resistência dos skatistas do esporte ser regulamentado/administrado por uma entidade que não seja do Skate”, explica Marcelo Santos.



A famosa afirmação de Tony Hawk (“Os Jogos Olímpicos precisam mais do Skate do que o Skate precisa dos Jogos Olímpicos”) é mais do que uma frase de efeito. Ela reflete o que vem acontecendo: afinal, como já mostramos nessa matéria, a ideia de transformar o Skate em esporte olímpico veio do COI, não veio das entidades que representam o Skate.


E mais: o acordo com a UCI, negado pela ISF, também foi sugestão do COI. “Há anos o COI trabalha nos bastidores para que os esportes de ação virem olímpicos, sendo que conseguiram incluir o Snowboard nos Jogos Olímpicos de Inverno há pouco tempo”, diz Marcelo Santos. Por ter nascido na contracultura (e permanecer nela, pelo menos em diversos aspectos) e ter esse respaldo da juventude, o Skate pode injetar nas Olimpíadas um elemento que os americanos chamam de “cool factor”. O Skate é legal, é “cool”, e, segundo Tony Hawk, as olimpíadas precisam disso. Adelmo Jr faz coro com Hawk nesse ponto: “Muitos esportes seriam importantes pra chamar a atenção dos mais jovens, pra chamar um público diferente pras Olimpíadas, mas não vejo o skate, o surf e vários outros esportes tendo a necessidade de entrar nos jogos olímpicos.” Com a negativa do acordo com a UCI, as chances do Skate aparecer nos Jogos do Rio são remotas.



O processo para um esporte ser aceito como olímpico é lento, burocrático e cheio de exigências que parecem impossíveis de serem cumpridas nos próximos anos. Ed Scander explica a questão: “Uma das normas para que algum esporte se torne olímpico é possuir entidade continental nas Américas, Europa, Ásia, África e Oceania. Contudo o Skate, pelo seu histórico e metodologia de organizar, dependendo mais da iniciativa privada, tem menos entidades regulamentadoras (associações, federações e confederações) do que os esportes tradicionais.” Resultado: você sabe qual a única confederação de fato existente no mundo? A CBSk. “Nos outros países há associações ou no máximo uma federação, e não existe uma federação ou confederação europeia, asiática, africana ou, ainda, das Américas. Portanto, se as entidades de Skate em cada continente não se unirem e fundarem sua federação ou confederação continental, não será possível cumprir esta regra do COI”, afirma. Sem isso, sem chance. E isso está distante de acontecer.



O CASO BRASILEIRO Curiosamente, apesar das articulações e da vontade do COI, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) nunca manifestou interesse público de tornar o Skate um esporte olímpico. “Nem mesmo mantém relacionamento com a CBSk ou ISF”, garante Marcelo Santos.


É um distanciamento que não condiz muito com o projeto para 2016, que é colocar o Brasil entre os 10 primeiros no quadro de medalhas (em 2012 ficamos na 22ª posição): o Skate representaria a possibilidade real de medalhas, a custo zero. Olhando para a realidade (em geral dura, difícil e baseada muito mais nos esforços pessoais do que em investimentos públicos) dos esportes olímpicos no Brasil, a CBSk faz uma avaliação discreta dos benefícios: “Acredito que o único benefício a curto e médio prazos seria que os poucos skatistas colocados entre os 3 primeiros de suas modalidades no Iniciante, Feminino 2, Amador 1, Feminino 1 e Profissional nos Rankings nacionais, sul-americanos, pan-americanos e mundiais poderiam receber uma bolsa atleta do programa do Ministério do Esporte com valor maior, além de aumentar as chances dos pedidos serem aprovados”, analisa Ed Scander. Para traduzir isso em números: o Bolsa-Atleta pro Skate (enquadrado como “categoria Internacional” e não-olímpico) é de 1.850 reais por mês; para esportes olímpicos e paraolímpicos o valor é de 3.100 reais por mês.


ENTRE OS SKATISTAS Não existe nenhum levantamento oficial (olha aí uma boa questão pra próxima pesquisa Datafolha), mas dá pra afirmar com margem de erro pequena que a maioria dos skatistas não demonstra interesse em ver o Skate transformado em esporte olímpico. Muito desse desinteresse vem do fato do Skate atual não ter um foco nas competições. Sim, as competições existem e algumas distribuem até premiações milionárias (Street League, Maloof Money Cup), mas o desenvolvimento de carreiras pode ser feito passando a vida inteira sem fazer sequer uma inscrição pra campeonato.



A cultura da foto e do vídeo é um patrimônio valioso que o Skate conquistou nesse anos todos, e que também reforça a sua aproximação com as artes. Adelmo Jr, skatista profissional brasileiro que construiu uma sólida carreira nos EUA, faz parte do grupo que não vê com bons olhos a possibilidade do Skate nas Olimpíadas. “Sou contrário por não ver algo bom para o skate com regras, uniformes e números de competidor no peito”, defende Adelmo. “O skate já passou por isso e evoluiu pra algo muito maior do que um esporte: um movimento que tem sua identidade própria e se recicla constantemente, livre de conceitos únicos e regras”. Para Adelmo, o“skate é infinitamente artístico”.


O vert rider Rony Gomes, por sua vez, é a favor: “Seremos mais respeitados e teremos uma visibilidade muito maior, com isso mais pessoas irão andar de skate e consequentemente mais gente investindo no nosso mercado, mais patrocinadores, mais skateparks”, argumenta Rony. Nem todos possuem uma opinião definitiva sobre a questão, e há também um grupo que procura olhar para os dois lados da moeda.



Como o skatista profissional Carlos de Andrade, o Piolho: “Sou a favor se de alguma forma valorizar o skate e principalmente o skatista. Por outro lado, acho que as Olimpíadas não têm muito a ver com o skate... Mas, já que tem muitos esportes nada a ver nos jogos olímpicos, então por que não o skate que é muito popular nos dias de hoje?” Mesmo aqueles que defendem a entrada do Skate sabem da necessidade de tomar certas medidas para evitar distorções. Neal Hendrix, por exemplo, um skatista experiente que já viveu tanto o lado das competições quanto a faceta mais dedicada aos vídeos, diz que sua única preocupação é que, se um dia o Skate entrar nas Olimpíadas, que seja “gerido, organizado e julgado por skatistas”. Se não for assim, segundo ele, “poderia ser um desastre”.



E ele explica porque: “Se fosse administrado por pessoas que não são de fato envolvidas com o skate, isso poderia dar para o mundo uma falsa visão do que o skate realmente é. E isso seria terrível.” Para Rony Gomes, é fundamental “que não mudem os regulamentos de competição. E também que os skatistas não tenham que usar um uniforme como qualquer outra modalidade e sim um específico do skate.” No fundo, a preocupação de todos, tanto os que apóiam quanto os que questionam, é manter intacta a essência do Skate. “Acho que tem como ser um esporte olímpico sem perder sua essência”, opina Carlo de Andrade. “A cultura do skate é muito leal e forte entre os praticantes e admiradores! Pode ser estranho no começo, mas as pessoas têm que ver o lado bom de estar em um evento de tamanha grandeza como uma olimpíada. É mais uma questão de se acostumar”, diz o skatista paranaense. Quando questionado sobre como manter a essência, Neal Hendrix decreta: “A única maneira disso acontecer é se o Skate for gerido por skatistas e contar com skatistas profissionais de primeira linha de todas as partes do mundo. Veja como são gigantescos eventos como os X Games, Dew Tour e Maloof Money Cup. O Skate já virou um grande show para a televisão.




O problema com as Olimpíadas é que existe toda uma questão política e burocrática que torna ainda mais difícil”. Para Adelmo Jr, a natureza do skate não seria afetada: “Claro que existiriam pessoas preocupadas em trazer o ouro para o seu país, e skatistas treinando quatro anos para uma competição, mas continuariam existindo os que se preocupam com a maneira livre e bela do movimento, a cultura dos vídeos, etc”. E O QUE PENSA UM CAMPEÃO OLÍMPICO? Conversamos com Aurélio Miguel, judoca medalhista de ouro em Seul 88, que deu o seu depoimento sobre o assunto Skate nas Olimpíadas Por Aurélio Miguel* “Do alto do Corcovado, de braços abertos e pronto pra se jogar”! Uma matéria com esse título, publicada no jornal Diário de São Paulo, me chamou a atenção para as possibilidades olímpicas do skate. O texto se referia a algo que acontecia ‘lá embaixo’, no Aterro do Flamengo.



Uma mega estrutura de pistas, arquibancadas e tendas recepcionava uma etapa dos X Games de skate e bike. O agito era tão grande que até a estátua do Cristo Redentor parecia querer participar. Não me recordo o ano, mas foi antes de eu assumir meu primeiro mandato como vereador. Mas a matéria explicava os Games como algo similar e nas devidas proporções aos Jogos Olímpicos. Refleti de cara: porque não? Os milenares Jogos Olímpicos precisam se oxigenar. Nada melhor para isso do que um esporte como o skate. O tema é polêmico. Já tomei conhecimento que há uma corrente favorável ao skate olímpico e outra contrária.



Muitos entendem que skatista não é atleta. Mas há quem se considere atleta do skate. Quem se prepara fisicamente, treina, compete e leva uma carreira, não há dúvida: é atleta. Claro que existem os que têm uma levada mais ‘lifestyle”. Como na NBA, onde os jogadores norte-americanos não abrem mão de seu estilo de vida e ainda assim são atletas e aliás, campeões olímpicos. Gente que não abre mão de seu modo de viver fora dos padrões pode ser encontrada ainda no atletismo, boxe, vôlei de praia e outros esportes. E são atletas!



Estar numa Olimpíada não significa necessariamente estar amarrado a uma série de regras que sejam muito maiores e mais severas daquelas a que o esporte skate já se obriga.


A questão de jogar um uniforme num skatista, por exemplo, é uma preocupação que pode ser discutida e resolvida para evitar conflitos de marcas. As confederações internacionais estipulam qual é o traje adequado e sem maior interferência do Comitê Olímpico Internacional. Trajes e equipamentos deverão na medida do possível obedecer aos mesmos critérios internacionais do skate.


Da mesma forma os julgamentos e seus critérios não precisarão mudar. Os Jogos Olímpicos já abrigam esportes cuja avaliação por juízes é técnica, mas com doses de subjetividade: ginástica artística, ginástica rítmica, judô e saltos ornamentais, entre outros.


Outro fantasma que assombra ao que temem e se opõem ao skate nas Olimpíadas é o exame anti-doping. O estereótipo de que skatistas são usuários de maconha ainda é forte. E o anti-doping pode ser um fator que afaste atletas do esporte olímpico. Convém lembrar: o esporte campeão em doping por canabis é o nada vanguardista hipismo. Números da WADA revelam isso. A presença em uma competição como os Jogos do Comitê Olímpico Internacional daria importante contribuição para acabar com o preconceito e ranço que ainda existem contra o skate e skatistas.


Se os Jogos ganhariam muito com a participação do skate, certamente a modalidade ganharia muito também ao se inscrever entre as modalidades olímpicas. Divulgação mundial, recordista e de qualidade. Por fim, defendo a presença olímpica do skate da mesma forma como espero que o surfe e outros esportes possam participar. A maior de todas as dificuldades para o skate se credenciar a uma vaga na relação dos esportes olímpicos é a sua organização política internacional. Mas há caminhos a seguir. O vôlei de praia entrou para os Jogos como uma modalidade do vôlei de quadra. O stand up pode entrar nas Olimpíadas como modalidade da canoagem. O skate, por sua vez, também poderia pegar carona com uma outra modalidade.



O importante é dar a esse esporte mais uma vertente de crescimento e mais uma definitiva chance para se livrar dos estereótipos que o marcam. E, principalmente, poder dar mais um objetivo a ser perseguido pelos atletas. O skate tem que ficar de braços abertos e pronto para se jogar no mundo olímpico!*Aurélio Miguel é vereador por São Paulo e Judoca campeão olímpico em Seul-88.

TROCA JUSTA? É difícil dimensionar os impactos que seriam causados pela entrada do Skate nos Jogos Olímpicos, principalmente porque trata-se de um exercício de adivinhação. Falamos de hipóteses, que podem ou não ser comprovadas pela realidade. O fato, entretanto, é que há sim uma tentativa de fazer do skate um esporte olímpico. Não se sabe ainda quando e nem como, mas há ao menos a confirmação do interesse da entidade que organiza as Olimpíadas.



O Skate, por sua vez, parece não ter a mesma convicção. Os skatistas sabem exatamente o que o Skate tem a oferecer às Olimpíadas, mas questionam-se se a troca será justa. “Creio que as Olimpíadas ganharão uma renovação de público”, projeta Marcelo Santos, “pois a maioria dos esportes olímpicos não tem tantos admiradores e seguidores quanto o Skate.



Com isto, a médio e longo prazo haverá maiores investimentos de patrocinadores, além de assegurar que a Olimpíada continuará sendo o maior evento esportivo do mundo.” E o Skate? “Ganharia uma visibilidade nunca antes vista, atraindo investimento de novos patrocinadores e dos governos nacionais também. Entretanto, pegando como exemplo o Brasil e os investimentos governamentais nos esportes olímpicos, a curto prazo a situação do Skate nacional não mudaria muito.” Neal Hendrix, que também defende a ISF como representante do Skate, tem uma opinião semelhante a da CBSk: “Se tudo corresse da maneira certa, isso poderia trazer um grande benefício para skatistas do mundo todo.



Eu acho que os governos e as cidades construiriam muito mais pistas, e também acho que os profissionais de destaque poderiam se beneficiar financeiramente, atraindo mais patrocínios.” Neal não pensa em beneficio próprio: como muitos skatistas que hoje estão na ativa, ele não terá mais idade para competir se um dia o Skate de fato virar esporte olímpico.


Uma coisa é certa: o Skate teria bastante a acrescentar ao tal espírito olímpico. Skatistas finalizam suas voltas e, caso tenham feito aquilo que queriam, sentem-se vitoriosos. As posteriores decisões dos juízes podem até decepcionar, mas não fazem o mundo cair.


Uma ginasta faz uma ótima apresentação, sai sorridente. O técnico vibra. O ginásio ovaciona. Após a exibição dos frios números por parte dos juízes, a festa vira tragédia. Choro, decepção, desespero. Cadê a alegria e a satisfação de instantes atrás? Nessa realidade, a consciência do juiz é mais importante do que a do próprio competidor.


O fato é que nós, skatistas, sabemos que competir não é passar por cima, tampouco destruir, ninguém. Como bem lembra Adelmo, “existem alguns esportes que atravessam a barreira de ser apenas um esporte, e skate é um deles.” Será que os Jogos Olímpicos estão preparados pra isso? Só o tempo dirá.



matéria publicada na edição 175 da CemporcentoSKATE

terça-feira, 2 de outubro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

PRO RAD Jump Festival

PRO RAD Jump Festival por: Divulgação CBSk Confira programação completa das competições de skate A Confederação Brasileira de Skate (CBSk) e a Confederação Brasileira de Esportes Radicais (CBER) tem a satisfação de apresentar a 9ª edição do PRO RAD Jump Festival. O evento acontecerá de 27 a 30 de setembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo e no skate as disputas serão no street Amador e vertical amador e profissional, conforme cronograma abaixo: Quinta-feira, dia 27: Treinos Street Amador - 13h às 18h Treinos Vertical Amador - 15h às 18h Treinos Vertical Profissional - 18h às 21h Free Session* Street Pro - 18h às 20h Sexta, dia 28: Treinos Street Amador - 13h às 18h Eliminatórias Vertical Amador - 15h às 18h Treinos Vertical Profissional - 18h às 21h Free Session* Street Pro - 18h às 20h Sábado, dia 29: Eliminatórias Street Amador - 9h às 13h Eliminatórias Vertical Profissional - 12h às 15h Free Session* Street Pro - 14h às 16h Final Vertical Amador - 18h às 20h Domingo, dia 30: Final Vertical Profissional - 9h às 12h - “Globo ao vivo” Final Street Amador - 12h às 13h Na categoria Profissional a premiação será de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) em dinheiro, que serão divididos entre os 12 melhores colocados da seguinte forma: 1º - 10.000,00 2º - 7.000,00 3º - 5.000,00 4º - 4.000,00 5º - 3.500,00 6º - 2.500,00 7º - 1.800,00 8º - 1.500,00 9º - 1.300,00 10º - 1.200,00 11º - 1.000,00 12º - 1.000,00 Total R$ 40.000,00 Nas duas categorias, tanto nas Eliminatórias quanto na Final, os skatistas terão três apresentações de até 30 segundos, valendo a melhor delas para efeito de classificação. A Final da categoria Amador será realizada em bateria única, com 08 skatistas. Na categoria Profissional, disputarão a Final os 06 (seis) melhores skatistas das Eliminatórias. Poderão competir os skatistas devidamente confederados à CBSk, sendo que as inscrições serão gratuitas e serão feitas no local do evento a partir do dia 27 de setembro, quinta feira. O PRO RAD Jump Festival é organizado pela CBER (Confederação Brasileira de Esportes Radicais) e patrocinado por Atento, Riachuelo, GVT, Garnier Bi-Ó e HD - Hawaiian Dreams. O evento tem como mídia parceira a Rede Globo de Televisão e a Rádio MIX São Paulo - 106,30 FM, além da Coordenação Técnica da CBSk (Confederação Brasileira de Skate) e com a FPS (Federação Paulista de Skate). A comercialização do evento é da XYZ Live.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SKATE DE 1955

Rodas são de aço e o shape feito de madeira maciça, nota-se que o deck ja tem um desenho de evolução(nose e tail) – skate raro pertence a um colecionador do Canada Fonte - SKATECURIOSIDADE

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Skatepark Mollet - Barcelona

Skatepark Mollet - Barcelona
roda aro 20 polegadas(com freio) ligado por estrutura de aluminiun a um deck (10 fitas) com truck largo Mod 3 Cam Carving, no lugar dos amortecedores uma mola, as rodas de skate ( 85mm/ 80a macias ) os rolamentos são os Abcs 07 – São dois modelos – Park e Cruzer. Fonte – sbyke.com

Megarampa

Na manhã do dia 26 de agosto, milhares de pessoas acompanharam no conforto de seus lares a final da Megarampa 2012, realizada no sambódromo do Rio de Janeiro. Mais uma vez acompanhamos a consagração de Bob Burnquist em uma vitória na modalidade. Final Megarampa 2012: 1º Bob Burnquist 2º Mitchie Brusco 3º Jake Brown

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Marco Ubaldo

Infelizmente, mais uma perda marca o ano de 2012 no skate brasileiro. Marco Ubaldo faleceu no sábado, aos 43 anos, após algum tempo de luta contra um câncer. Marquinho, como era conhecido enquanto rasgava as ladeiras sempre na velocidade máxima, era desenhista gráfico Descanse em paz, Marquinho. MARCO UBALDO Por Marcelo Viegas O foco na evolução faz parte da vida de Marco Aurélio Nogueira Ubaldo, assim como o skate. Vinte e três anos em cima do carrinho. Influenciado pelas artes dos shapes antigos, Marquinho arriscou seus primeiros traços no começo dos anos noventa, e em 1998 já trabalhava como ilustrador. Hoje, aos 39 anos e com a cabeça borbulhando de idéias, é diretor de arte da MCD. Conheça melhor a história de Marco Ubaldo nessa entrevista exclusiva Você começou a andar de skate em 85, numa fase anterior a explosão de 87/88. Como conheceu o skate? Quando eu tinha uns 14 anos meu pai me deu um skate Bandeirantes de Natal. Eu tinha uns amigos que curtiam andar de bike, outros pegavam onda, e fui me envolvendo com tudo que ia rolando. Me identifiquei forte com a adrenalina das músicas, comportamento, estilo, liberdade, enfim, todo o universo que envolve esse tipo de vida, mas não levava nada a serio... Algum tempo depois, caí e quebrei o tornozelo. Fiquei puto, nunca havia quebrado nada, mas foi ali que saquei qual era diferença de “curtir skate” e de “viver o skate de verdade”. Não tive dúvida: parei com tudo, bike, surf, e montei um skate novo. Desde então não parei mais e já se vão bons vinte e poucos anos de skate. Qual seu pico preferido? Eu sempre andei em vários picos, mas tem um em especial que andei e ando até hoje: a boa e velha Praça Roosevelt, onde ganhei um apelido que só existiu lá, “Popeye”! Isso mesmo, o marinheiro do desenho animado! (risos) Quando começou a andar de longboard? O início dos anos 90, logo depois da queda do presidente Collor, foi uma fase punk. Eu tinha perdido os patrocínios, e como dedicava a maior parte do tempo ao skate, não trabalhava nessa época... Fiquei totalmente sem horizonte e sem grana. Bateu um desespero, e pra ludibriar a situação eu ficava andando de skate e surfando, pra desencanar do que estava rolando. Foi aí que comecei a dar início aos desenhos, pra tentar entrar no mercado como ilustrador. A idéia era trabalhar no mercado que eu curtia, e me manter andando de skate. Como eu andava muito nas paredes da Roosevelt, nas ladeiras e na antiga pista da ZN, achei que seria bacana misturar as bases “surf e skate”. Peguei um shape de longboard que tinha ganhado em um campeonato de ladeira, montei e fui direto ao rolê, pra ver qual era a parada. Descobri uma nova forma de andar de skate e fui me adaptando a andar em todos os terrenos com o long. Meu primeiro campeonato como longboarder foi no Pico do Jaraguá, em 97. Terminei em segundo lugar, com o Yuppie em primeiro. Saí com um patrô novo e com viagens marcadas para fazer sessões em vários picos. Foi um grande recomeço no skate e uma nova fase em minha vida. O grande estímulo pra você começar a desenhar veio das artes de shapes/anúncios/camisetas de skate dos anos oitenta e começo dos noventa? Lembro que quando vi os desenhos nos shapes e camisetas, percebi que tinha alguma coisa diferente, mas não entendia muito bem o que era. Só fui sacar depois de um bom tempo, comecei a ver a ligação das artes e do comportamento nos filmes. Vi que não se tratava apenas de desenhos comerciais para vender o produto, mas que tinham uma interpretação direta retratando toda a “drena” das sessões, as aventuras de sair para andar de skate, e um puta toque de delírio pessoal de cada artista. Quem são os artistas que te influenciaram? Tive influência de artistas como Jim Phillips, Rick Griffin e Robert Williams, pela linguagem e traço; Pollock pela expressão natural e o abstrato em suas pinturas; Frank Frazetta pelo surrealismo; Escher pela complexidade e pelo efeito de infinito nos trabalhos; Basquiat pela forma simples e com uma arte extremamente marginal, no bom sentido; e David Carson pela forma de tratar e combinar as imagens, textos e símbolos numa linguagem gráfica. Conte a história do seu primeiro trampo... O meu primeiro trabalho foi em uma marca chamada “Imagem”. Por “acaso” fui morar umas duas quadras da fábrica, e sempre ia lá mostrar os meus desenhos. Sempre no final da tarde, pois pegava os caras na saída, meio “por acaso”, se é que me entende (risos). E sempre levava um não, “os desenhos ainda não estão bons”, era o que eles diziam. Acabou virando algo pessoal, como um desafio. Voltava pra casa e tentava melhorar os trabalhos... E nada! Mas de tanto persistir e acreditar que daria certo, fui melhorando os meus desenhos, até que um belo dia eles compraram dois desenhos. Nossa, fui ao delírio! Acabara de vender os meus primeiros desenhos! Não sei se compraram porque gostaram ou de tanto que enchi o saco, mas sei que logo depois fui convidado para desenhar uma coleção, e antes de terminar os trabalhos já estava contratado pela marca. Depois disso, já trabalhando como ilustrador para algumas marcas de skate e de surf, percebi que não só estava vivendo do skate e da arte, mas tinha também encontrado um equilíbrio e um modo de viver, no qual eu acreditava, onde tudo tem uma ligação. A arte não é apenas uma maneira de ter a minha independência financeira, e de dar condições a continuar andando de skate, mas a forma mais pura de traduzir toda as emoções e adrenalina que sinto, com uma linguagem abstrata ou figurativa, nos shapes da galera, nas camisetas das marcas, e em várias outras formas de suporte gráfico. Hoje você é diretor de arte da MCD. Fale um pouco da sua trajetória na marca. Iniciei meu trabalho com a MCD por volta de 98, como ilustrador freela. Tinha uma participação na coleção junto com outros desenhistas, só que fui cada vez mais me identificando com a linha de comportamento da marca e investindo muito do meu tempo para poder ganhar espaço na empresa. Em 2001 a empresa trouxe a Lost, e me convidaram para trabalhar como designer da marca. Aceitei, mas continuei fazendo os desenhos das estampas para a MCD, coleção a coleção, já que são da mesma empresa, e era com a MCD que eu realmente queria trabalhar como designer, mas ainda não tinha tanta bagagem para encarar a comunicação da marca. Logo depois veio a Globe, e acabei trabalhando com as duas ao mesmo tempo, Lost e Globe, e sempre nos freelas das estampas da MCD. Tudo isso levou uns três anos, e quando a MCD começou um processo de transformação total da marca, foi aí que, enfim, comecei a ganhar um espaço maior. Como eu já desenhava as estampas e tinha passado por todo um amadurecimento com a Lost e a Globe, foi natural me adaptar com o trabalho na comunicação da MCD. A cada coleção eu tinha mais desafios, e com isso o meu trabalho também foi mudando, ganhando uma nova linguagem. Passei a me envolver com todo o processo de criação e de exposição, com material de ponto de venda, vitrines, anúncios, catálogos, etc... Além disso, têm seus freelances também... Fora a MCD tenho feito algumas artes para shapes de amigos e afins (Bruno Zóio, Douglinhas, JM, Mario Neto e Pablo Groll), tenho participado de alguns projetos e exposições, em resumo, vivo do que criei e acreditei para mim. E o melhor: ainda ando de skate e pego umas ondas por aí. Mas nada é fácil e nunca foi... A grande graça de tudo está bem aí, na conquista do que se quer e acredita! Realmente agradeço a Deus por ter permitido um dia colocar os meus pés em uma tábua com rodinhas, isso mudou a minha vida. Ou melhor, formou a minha vida. {Entrevista originalmente publicada na ed. 124 da revista CemporcentoSKATE, de 2008. Essa edição trazia como brinde o adesivo criado pelo Marco Ubaldo}

sábado, 18 de agosto de 2012

Jogos de skate online e para Smartphones e Tablets

O site Techtudo listou alguns games de skate para jogar no computador, tablets, no iPhone ou smartphones com o sistema operacional Android. Bob Burnquist’s Dreamland Para iPhone, iPod touch, iPad e smartphones Android Gratuito Bob Burnquist’s Dreamland é o jogo de um dos nomes mais importantes do skate. Na Terra dos Sonhos de Bob Burnquist, você entra na pele do skatista brasileiro e faz manobras incríveis no ar, que imitam a performance do atleta na vida real. Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Skate Trivia Para iPhone, iPod touch e iPad Preço: 0,99 dólar Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Dream Skate Para iPhone, iPod touch e iPad Preço: 0,99 dólar “O Dream Skate para iOS, traz um sonho encantado para o seu dispositivo. Nele, Nick estará viajando com a família, porém preferia estar andando em seu skate. Você deverá ajudá-lo a usar a imaginação para deixar tudo mais divertido em um sonho onde em que o céu é o limite.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Skate Park Para jogar online no computador Gratuito “Skate Park é totalmente online, ou seja, é jogado direto do seu navegador, dispensando qualquer tipo de download demorado ou instalação na sua máquina. Além disso, o jogo é totalmente gratuito, permitindo que você jogue quantas vezes ou por quanto tempo quiser.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Skate it Para iPhone, iPod touch e iPad Gratuito “No game você consegue fazer todos os movimentos e manobras que os profissionais fazer apenas arrastando o dedo na tela do seu iPhone. Skate it não conta com gráficos tão detalhados e realistas como as versões para os consoles da nova geração, como o PS3 e o Xbox-360, mas certamente é tão divertido quanto eles.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Tony Hawk’s Pro Skater 4 Para PC Versão demo com download gratuito “A série de jogos de skate de maior sucesso está de volta no título Tony Hawk’s Pro Skater 4, trazendo de volta para o seu video-game ou PC um dos skatistas mais famoso e vitorioso do mundo.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Touchgrind Para iPhone, iPod touch e iPad Preço: 4,99 dólares “O início pode ser um tanto complicado, mas nada que não possa ser resolvido em dez minutos. Touchgrind é perfeito para acabar com aqueles momentos chatos, como esperar em uma fila ou estar em algum lugar sem nada para fazer.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Bart Simpson’s Naked Skate Para jogar online no computador Gratuito “Bart Simpson’s Naked Skate é um game online gratuito que retrata uma das cenas memoráveis da animação em longa-metragem, Os Simpsons: O Filme, de 2007.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Beijos na pista de skate Para jogar online no computador Gratuito “No game Beijos na pista de skate, você e aquele supergatinho estão doidos para dar aqueles beijos, mas existe um problema: seus amigos chatos que irão fotografar os dois se te verem naquele amasso.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Skateboard City Para jogar online no computador Gratuito “Em Skateboard City, a cidade é como o pátio de sua casa e você está livre para praticar as manobras mais alucinantes em muros, escadarias, rampas e diversos objetos do mobiliário urbano. Mas será que você consegue sobreviver a tantas quedas, escoriações e desafios?” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Mike V: Skateboard Party HD Para iPhone, iPod touch, iPad e smartphones Android Preço: 1,99 dólares “Inspirado em Mike Vallely, considerado uma lenda no mundo do skate, o jogo Mike V: Skateboard Party HD não deixa pro menos em seus desafios virtuais, e traz ótimos recursos aos fãs do gênero.” Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br Skater Boy Para smartphones Android Gratuito “Velocidade, habilidade e impulsão são apenas alguns dos atributos necessários para se dar bem em Skater Boy. Os comandos são bem simples, basta acelerar ou pular sobre os obstáculos na estrada para obter a máxima pontuação possível que puder. Para acelerar é só tocar a parte da frente da tela e para reduzir a velocidade também é muito simples: toque na parte de trás do visor. ”Veja mais sobre o jogo no http://www.techtudo.com.br

sábado, 16 de junho de 2012

sábado, 2 de junho de 2012

sexta-feira, 25 de maio de 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

domingo, 29 de abril de 2012

sábado, 21 de abril de 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Skate Cresce no Brasil

O Skate Cresce no Brasil

Somos quase 4 milhões de skatistas espalhados em todo território nacional, de acordo com dados divulgados em março de 2010 pelo Instituto Datafolha. Os 20% de aumento com relação ao último levantamento (2006), além de outros números altamente positivos, comprovam a força do Skate dentro da sociedade brasileira e projetam uma curva de crescimento para os próximos anos
Da Redação
Como já havia ocorrido em 2002 e 2006, a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) apurou, através de uma pesquisa encomendada ao Datafolha, informações à respeito da presença de skatistas na população brasileira, bem como o perfil do praticante. Fundado em 1983, o Datafolha é um dos institutos de pesquisa mais confiáveis de todo o Brasil, com trabalhos reconhecidos nos campos da política e no segmento empresarial, entre outros.

O que sentimos em cada sessão de skate e presenciamos nas viagens realizadas pelo Brasil foi novamente comprovado através de números: a quantidade de praticantes não pára de crescer. Temos hoje cerca de 3.800.000 (três milhões e oitocentos mil) skatistas no país. Comparativamente, um número equivalente à população total do vizinho Uruguai, ou das distantes República da Irlanda ou Nova Zelândia. O crescimento no número de praticantes, com relação à última pesquisa, realizada em 2006, chega à quase 20%. Cabe lembrar que na primeira comparação, entre 2002 e 2006, verificou-se um crescimento de 11%. Estamos falando, portanto, de um crescimento da ordem de 150.000 skatistas por ano, ou mais de 12.000 novos praticantes por mês.

Além do crescimento linear, outro fato a ser destacado é a presença cada vez mais relevante de skatistas em todas as classes sociais. O crescimento acentuado na classe C (9%) e a manutenção do número entre as classes A e B (42%, somadas) é prova flagrante da aproximação do universo do skate com as características sócio-econômicas da sociedade brasileira (veja gráfico 1). O skate posiciona-se democraticamente distribuído entre as camadas, ficando cada vez mais incorreto relacioná-lo com a elite ou com classes menos favorecidas.

No que tange à idade, verifica-se crescimento no número de praticantes na faixa entre os 16 e os 21 anos, o que comprova que os níveis de skatistas que começam a andar na infância e prosseguem com a atividade na adolescência e vida adulta vêm aumentando. O índice continua crescendo mesmo entre aqueles com mais de 21 anos (veja gráfico 2). A média de idade passou de 14 para 16 anos. As meninas representam cerca de 10% deste total (380.000 garotas), algo semelhante à população de Florianópolis (SC).

Algumas outras informações contidas na pesquisa se mostram interessantes: em metade dos lares em que se constata a presença de skatistas, o chefe da família possui ensino médio ou superior. Este número, no panorama geral da população brasileira, é inferior: 36%. Como consequência da maior escolaridade, a renda média mensal da família do skatista é 50% maior do que a média brasileira. A predominância urbana do skate não se confirma de foram tão destacada: 52% estão nas capitais e regiões metropolitanas, o que demonstra um certo equilíbrio e revela disseminação também para fora dos grandes centros.

Mais praticado, mais difundido e mais democrático, o Skate vai se solidificando e aumentando sua presença no cotidiano do brasileiro. A atual realidade econômica do país, com crescimento do poder de compra da população aliado ao aumento do número de praticantes, pavimenta com granilite – de primeira qualidade - o caminho do futuro do Skate nacional. Com empresários e skatistas unindo suas forças e respeitando suas diferenças, só há um rumo a seguir: o da prosperidade.

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Entrevista: Marcelo Santos (CBSk)
Por Douglas Prieto

O cenário de crescimento apontado pela pesquisa Datafolha demonstra que o aumento de 20% do número de praticantes faz o Skate presente e relevante em todas as classes sociais e econômicas do país. Para falar sobre a importância desse novo momento, conversamos com o presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), Marcelo Santos.
Por que a CBSk encomendou a pesquisa?

Para avaliarmos se o número de praticantes vem crescendo ou não. Quando o resultado é de crescimento, aumenta o interesse e o dever do poder público em investir em políticas públicas para o Skate, assim como o interesse de empresas em investir no Skate, sejam do segmento ou não.

O crescimento do número de praticantes (20%) em relação a úl
tima pesquisa surpreendeu a CBSk?

Não muito, pois já imaginávamos que haveria crescimento, mas pensávamos em algo próximo de 10%.
Você considera que as empresas e os skatistas estão colhendo os frutos deste crescimento?

Em alguns casos sim, mas depende do trabalho de cada um. Só o fato de haver crescimento no número de praticantes não garante crescimento das empresas ou a valorização dos skatistas.

Com quase 4 milhões de praticantes, estamos suficientemente representados perante o poder público?

Acho que ainda não. É necessário que cada vez mais, de preferência os próprios skatistas e pessoas do mercado, se interessarem por trabalhar mais pelas conquistas "públicas". Muitas coisas podem contribuir para o desenvolvimento do Skate, como construção de boas pistas, fomento de escolinhas, projetos sociais, competições, etc, e podem acontecer via poder público. Mas a resposta da classe política às demandas da sociedade se dá diretamente e proporcionalmente à pressão que determinadas classes fazem sobre eles, assim sendo, se a classe “skatística” não pressionar o poder público por estas conquistas, elas acontecerão de maneira bem mais lenta. O Skate precisa se organizar mais através de associações, ONGs, federações e etc. É através destas entidades que vai conseguir se aproximar, exigir atenção e realizações por parte da classe política.

Você acredita numa mudança de cenário, com mais skatistas e espaços para a prática surgindo fora dos grandes centros?

O crescimento do Skate vem se dando em todo território nacional. Prova disto são as inúmeras pistas que estão sendo construídas nas regiões distantes dos grandes centros do país.

No que os números dessa pesquisa contribuem no trabalho da Confederação?
Aumenta em muito a força de argumentação da Confederação quando estamos defendendo algum projeto de melhoria para o Skate. Seja perante o poder público ou de empresas patrocinadoras em potencial.

A realização de grandes eventos (Copa 2014 / Olimpíadas 2016) pode afetar o skate de alguma forma? Positiva ou negativamente?

Acho que em alguns momentos e casos afetará positivamente, na medida em que a cultura da valorização do esporte irá aumentar em nosso país. Imagina-se que todas as modalidades esportivas serão beneficiadas, mas por outro lado, prevê-se um maior investimento em esportes olímpicos em detrimento aos esportes não-olímpicos, como é o caso do Skate. Isto até já pôde ser sentido a partir do ano passado, com o aumento significativo de bolsas-atleta cedidas a praticantes de esportes olímpicos e, em contrapartida, a diminuição de bolsas-atleta para o Skate e para outros esportes não-olímpicos.

O Skate tem grande penetração na faixa etária relacionada com o ensino fundamental. Como o Skate pode contribuir na formação dos novos cidadãos?

O Skate é uma poderosa ferramenta de socialização e inclusão social. A medida em que o Skate cresce e aumenta sua penetração em diferentes setores da sociedade, como clubes sociais, escolas, etc, mais ele pode influenciar de maneira positiva na formação de novos cidadãos.

=Revista CemporcnetoSkate

terça-feira, 13 de março de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cade os 600mil?

O Governo do Estado de São Paulo gastou aproximadamente 600 mil reais (!!!) para fazer uma pequena "reforma" - isso mesmo, uma "reforma" - na pista de skate do Parque da Juventude (Carandiru). Com tanta grana envolvida, esperava-se que o resultado fosse fantástico

Mas para a surpresa dos skatistas, o alto custo da obra resultou em uma "reforma" inacabada (com a desculpa de que não houvera dinheiro para reparos em toda pista!! Como assim??) e em buracos que surgiram com menos de duas semanas após ser entregue aos praticantes.

Veja o vídeo - filmado e editado pelo skatista profissional Murilo Romão - e tire suas próprias conclusões sobre essa farra feita com grana pública.




Por Skate cultura

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quem usa a cabeça, usa capacete.

Chupado do Blog Skateboarding Militant
Autor Guto Jimenez




É incrível como alguns temas conseguem ser recorrentes no meio do skate, mesmo com o passar dos anos e com toda a informação disponível da forma mais variada possível. O uso dos capacetes, por exemplo, parece ser um desses que jamais saem de pauta. Vira e mexe, é preciso que alguém toque no assunto pra lembrar da importância desse equipamento de segurança vital pra vida dos skatistas.


Infelizmente, chegou a minha vez de abordar o tema. Digo "infelizmente" porque alguns incidentes ocorridos nos últimos dias praticamente forçaram a abordagem da questão, por menos que eu quisesse e por mais inútil que possa parecer. Insistir no uso de capacetes em pleno 2012 pode parecer algo do tipo "enxugar gelo", mas eu não me importo; é algo que precisa ser conversado, debatido e definitivamente incluído nas cabeças dos skatistas das mais variadas modalidades.


No apagar das luzes de 2011, um garoto de apenas 15 anos morreu no Rio em decorrência de uma queda numa ladeira. Ele bateu a cabeça no meio-fio e ficou inconsciente, e mesmo com o pronto atendimento médico que lhe foi prestado, nada pôde ser feito pra que essa tragédia pudesse ter sido evitada. A comunidade de skate de ladeira da cidade entrou em luto e mostrou solidariedade à família do jovem, através de depoimentos emocionados nas redes sociais.


Nada disso apagará o sentimento de perda dessa família, pra qual 2012 será marcado pra sempre como o ano do fim do mundo pra eles.


Uma semana depois, quase que o mesmo incidente ocorreu de novo, só que dessa vez em São Paulo. Outro skatista (dessa vez um trintão) sofreu o que chamaram de uma "queda boba" num dos picos mais estilosos e suaves do país, batendo a cabeça no chão e sendo acometido de convulsões. Não fosse o pronto atendimento prestado no local, e a presença de um médico nas proximidades, e talvez outro incidente lamentável tivesse ocorrido em tão pouco tempo.


No passado, alguns outros incidentes marcaram seus protagonistas (e até o próprio cenário) de maneira definitiva:


- No início dos anos 90, o cenário de skate carioca perdeu um dos streeteiros mais atirados e considerados quando o Léo da Ilha caiu após tentar varar um gap num estacionamento de supermercado na Ilha do Governador. Ele era o tipo de cara que andava de skate como se fosse o último dia na Terra e, ao mesmo tempo, era de uma simpatia e alto astral contagiantes. Após a queda, ele passou alguns dias em coma e veio a nos deixar de maneira precoce, deixando o cenário da cidade em luto.


- Já nesse século, o mesmo bairro viu mais um acidente lamentável quando Henrique Perck não segurou um slide e caiu, quebrando o cotovelo e batendo a cabeça no chão. Após muita luta por sua própria vida, ele sobreviveu mas ficou com sequelas físicas e neurológicas irreversíveis. Os planos de se tornar designer gráfico tiveram de ser adiados pra sempre, tudo por causa de uma "maldita pedrinha".


Você já deve ter ouvido falar em outros casos similares, de gente que caiu e se machucou feio por não ter usado capacete. Eu mesmo já rachei um capacete Pro Tec quase novinho numa queda no bowl do Rio Sul, e inutilizei um outro da mesma marca após um capote numa ladeira que me deixou tonto por alguns minutos. A dor de cabeça que me acompanhou por 2 ou 3 dias foi até celebrada, pois eu sabia o que poderia ter acontecido caso não tivesse me protegido de maneira apropriada.


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O caso que mais me impressionou nos últimos tempos aconteceu lá fora. Ernie Saiz é um skatista de 33 anos que levou uma queda durante uma sessão com uns amigos em agosto de 2011, e foi parar no hospital inconsciente. Sinta só o drama que ele passou, através de alguns trechos do relato dele à Silverfish Longboarding:


"Eu caí sobre a minha cabeça, batendo a cintura e o coccix, e fraturei esses ossos e o crânio. Fui levado imediatamente a um hospital, onde tiveram de me ressussitar por duas vezes. Um neurologista foi chamado pra retirar cerca de 50% do meu crânio devido ao inchaço cerebral dentro da caixa craniana. Depois disso, passei três semanas em coma."



"O meu caso é um daqueles milagres que acontecem. Eu era pra estar ou morto ou com graves sequelas neurológicas. No hospital, vi pessoas que sofreram o mesmo tipo de queda nunca mais conseguirem ser as mesmas de novo, ou então serem obrigadas a estar em tratamento por 5 anos".


"Antes do acidente, eu nunca usava um capacete a não ser que fosse obrigado a isso. Eu achava que eu era maneiro demais pra usar um desses... e aprendi da pior maneira. Eu estou recuperando os meus estados físico e mental, e portanto tive o skate tirado de mim. Eu amo andar de skate, e tive isso tirado de mim (mesmo que por algum tempo) só porque eu não estava pensando da maneira correta".




"Minha vida mudou radicalmente depois do acidente; quando voltei a trabalhar, tive de usar um capacete pra proteger a caixa craniana que tinha sido aberta pela cirurgia. Fiz questão de mostrar a todos que eu não estava usando pra ser engraçado, mas sim por necessidade. (...) A partir de então, passei a fazer questão de incentivar crianças e adolescentes a usarem capacetes, e uso a minha história como exemplo do que não deve ser feito".



Historia origina aqui
http://www.silverfishlongboarding.com




É hora de se tomar uma providência, urgente.


Não se deixe enganar: TODOS os envolvidos no cenário de skate têm alguma parcela de responsabilidade quando um skatista cai e sofre alguma consequência por ter batido a cabeça.


* Os organizadores de eventos são responsáveis quando não exigem o uso do capacete por seus competidores, ou quando permitem que sejam usados de qualquer jeito, ou seja, sem apertar a tira da jugular de maneira correta. Eu particularmente acho um ABSURDO que o uso de capacete não seja obrigatório em todos os eventos promovidos pela CBSk, que deveria ser a primeira a dar o exemplo como entidade organizadora de competições e rankings de alcance nacional. Pior ainda quando algum desses eventos é referendado pela WCS, mostrando que o descaso não é um problema localizado em nosso país.


* A mídia é responsável quando produz e divulga fotos e filmes de skatistas se atirando sem usar capacete, não importa qual modalidade que seja. Já ouvi tantas explicações furadas que nem vale a pena repetí-las por aqui - e nenhuma delas é forte o suficiente pra justificar quando alguém sofre qualquer tipo de consequência danosa. Dizem que é "impossível" porque o mercado não aceita... sem comentários.


* O mercado é responsável quando manda publicar peças de publicidade onde o uso de capacete é desprezado. Já houve uma marca de street (felizmente já extinta) que chegou ao absurdo de incluir uma cena na qual alguns membros de sua equipe urinavam dentro de um capacete, e diziam que "não servia nem como penico"... Patético e lamentável.


* Os skatistas profissionais também são responsáveis. Como ídolos, têm que ter a consciência de seu papel perante seus fãs, que muitas vezes os copiam em tudo, da roupa e tênis que usam até o fato de não usarem capacetes. Isso não deveria ser nenhuma novidade afinal, já que muitos deles passam a profissionais simplesmente por terem tido uma parte boa no vídeo da moda...



E possível mudar? Sim, claro. É fácil? De forma alguma, e exige comprometimento integral à causa, sem vacilar em nenhum momento. Um exemplo é a Concrete Wave, que não costuma publicar anúncios nos quais os skatistas aparecem andando sem capacete. Nenhum competidor que entre numa prova oficial de speed, slalom ou push race sequer sonha em comparecer se não tiver levado seu capacete, e ponto final. Além disso, o uso é obrigatório em quase todas as pistas de skate públicas que são gerenciadas pelas prefeituras das cidades onde são localizadas.


Portanto, é uma questão de querer - e FAZER, principalmente.


Não interessa o que os outros digam, o que aparece nos vídeos ou na internet. Se você cair do skate e bater a cabeça, pode parar no hospital ou no cemitério. Simples assim.


Não seja idiota: quem usa a cabeça, usa capacete.



FOTOS: Internet e Dan McCashin, da SilverfishLongboarding.com


Posted by Guto Jimenez
Labels: Andar de skate, Reflexão e debate

Beto or Die, o eterno rei da Roosevelt

BETO OR DIE
O ETERNO REI DA ROOSEVELT
Entrevista Marcos Hiroshi / Retrato Atilla Chopa






Nascer e crescer no bairro da Bela Vista, no Centro de São Paulo, foi ótimo pelo fácil acesso a todas as regiões da cidade, e crucial para eu conhecer o skate, já que a R. Arthur Prado, meu endereço durante quase 30 anos, foi um dos principais points de encontro de skatistas daquela região no final dos anos 80.
Lembro como se fosse hoje. Estar no meu quarto e ouvir de longe um som peculiar que quebrava o silêncio das tardes de domingo. Era o som da madeira estralando no chão e de rodas derrapando no asfalto.

Já reconhecia muito bem aquele conjunto de sons. Corria para a janela e, com uma visão privilegiada, conseguia avistar de camarote aquele skatista subindo a calçada com velocidade, na sequência emendando um belo wallride na áspera parede da companhia de gás localizada em frente ao meu prédio.

Era o Beto Or Die, retornando de alguma session. Essa foi outra vantagem de morar neste bairro boêmio de SP, e residir a poucas quadras da casa de um dos melhores e mais respeitados skatistas daquela época.

Os impulsos realizados com vontade, as manobras agressivas e o estilo inconfundível deste skatista servem de referência até hoje para mim e para muitos outros que puderam apreciar as habilidades únicas desta lenda do skate.

Hoje, aos 41 anos, Roberto Barreiro, o Beto Or Die, é proprietário de uma companhia de investimentos, mas ainda consegue arranjar tempo, na concorrida agenda, para os seus rolês de skate. E também para esse bate-papo com a CemporcentoSKATE, para lembrar da sua época como skatista profissional. Beto Or Die, o eterno rei da Roosevelt.


O que você fez depois que saiu da cena do Skate?

Em 1991, quando voltei da Europa e EUA, comecei a apreciar e olhar para o futuro. Na década de 1990, o skatista e o esporte infelizmente eram muito marginalizados. Então, com o Brasil passando por uma grande mudança e transição econômica, isso fez com que eu entrasse para o mercado de trabalho financeiro, mais precisamente um banco, onde me tornei um especialista em finanças em grandes bancos de investimento e logo após CEO de grandes companhias nacionais. Atualmente administro minha própria companhia de investimentos, focada em recursos nacionais e internacionais.

E ainda faz seus rolês de skate?

Hoje ainda faço e, como sempre, por pura diversão, principalmente quando levo meu filho para se divertir. Creio que a grande essência deste esporte é andar por amor, pela diversão em conhecer e ajudar novas pessoas.

Qual o fato que mais marcou sua carreira como skatista atuante?

O fato é que uma vez que você faz algo do bem, você colhe o bem. O skate me preparou muito para a vida, o esporte, toda aquela concentração e dedicação em atingir ou conquistar uma manobra, isso tudo me tornou uma pessoa extremamente dedicada e focada em tudo que eu faço hoje.

Como você se sente vendo o pouco que sobrou da antiga Pça Roosevelt, que foi palco de sessões memoráveis por diversas fases do skate nacional?

Já me senti muito triste em ver como e no que havia se tornado, mas agora estou muito feliz em saber dos novos projetos que serão desenvolvidos por lá, ou seja, abrindo as portas para o esporte e tirando muitas crianças da rua do centro velho de São Paulo.

De onde surgiu o apelido Beto or Die?


Ah, isto é muito peculiar! Quando comecei a andar de skate na década de 80, sempre ia ao Ibirapuera e ficava olhando o Thronn e outros skatistas andando por lá. Naturalmente, como todo novato, eu tentava de tudo um pouco, e com a minha evolução eu passei a ter um contato maior com os Ibiraboys (nome dado a galera do Ibirapuera), e foi quando conheci o Rui Muleque, uma pessoa de grande caráter e humildade, que me ajudou muito em poder varar rampas e me tornar um grande skater. Depois, passei a andar na Roosevelt, e lá era bem casca dura de andar! Quem se lembra sabe bem do que estou falando... E eu me jogava muito nas manobras, e aí foi o Thronn que falou: “o Beto é o seguinte, ou ele acerta as manobras ou vai morrer!” Daí surgiu o Beto or Die!

CemporcentoSkate

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012